quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Os Meus 15 Anos

Dizem que arte é algo relativo, e pensando bem, é mesmo! Arte não precisa de um porquê, afinal, por que Leonardo da Vinci pintaria uma mulher banal e feia como Monalisa? Por que Olavo Bilac descreveria um incendio na forma de poema?
Eu sempre soube que tinha um "espírito artístico", mas nunca soube como me expressar. Tentei na música, tentei na dança, mas nada funcionou tão bem quanto em textos. Textos aleatórios, subjetivos, muitas vezes sem sentido algum.
Na esperança de conseguir eternizar alguns pensamentos, comecei esse blog. Não um diário, pois não escrevo diariamente, nem um livro, pois não sei nem o tema sobre o qual escrevo, nem se em forma de crônica ou à la louca como estou acostumada.
Mas há algo não compreendido em todas as palavras que escrevo, digito ou que saem de minha boca. A cruel dúvida "Quem sou eu?" que tira meu sono. Cliché, porém a mais pura verdade. Perco horas desvendando mistérios e mensagens em livros, filmes, pessoas e músicas mas não desvendo a mim mesma, não consigo me descobrir.
A verdade é que escrevo nesse blog para descobrir se é para isso que eu nasci, se meu destino é continuar escrevendo. Se eu quero me lançar rumo a uma faculdade cheia de números (como eu sempre imaginei que seria) ou entrar de cabeça na lingua portuguesa (que eu sempre odiei) para melhorar meus textos até me tornar uma profissional.
Eu me apaixonei por essa magia, juntando as palavras, escolhendo o que expressaria melhor o que eu quero que as pessoas levem desses textos. Nunca pensei que a língua portuguesa pudesse significar algo além de 'recuperação' (só na oitava série, ok?).
Enquanto tento descoobrir e dar resposta a todos os meus questionamentos, continuarei escrevendo. Talvez eu continue escrevendo mesmo se decidir cursar arquitetura. Talvez um dia eu dê risada da minha indecisão nesses textos. Talvez seja melhor deixar o tempo passar...