terça-feira, 21 de setembro de 2010

Breakfast at Tiffany's / Bonequinha de Luxo (1961)



Holly Golightly, interpretada por Audrey Hepburn, vivia em uma fazenda com seu marido e irmãos. Um dia, aos 14 anos, foge para Hollywood em busca de um novo casamento com um milionário. Nesse meio tempo, é bancada por vários homens que pagam por sua companhia, tornando-se uma garota de programa. Então começa a se envolver com seu vizinho, um escritor que é sustentado por uma mulher casada.
Mas, o que faz de "Bonequinha de Luxo" um bom filme? Acredito que o filme é um obra prima pela interpretação de Audrey Hepburn e não pela história. A personagem principal, Holly, teve de sofrer mudanças quando, ao invés de chamar Marilyn Monroe (que foi primeiramente escalada para o papel), chamaram Audrey. A sensualidade original da personagem foi subtituida por um aspecto mais ingênuo e menos vulgar, nos fazendo enxergar Holly não como uma prostituta, mas como uma dama.
Uma cena que deve ser enfatizada é a que Audrey canta a canção "Moon River". O diretor comenta que quando viu o filme pela primeira vez no cinema disseram-lhe que ainda poderiam se livrar da música. Nesse momento, Hepburn levantou e disse: "só por cima do meu cadáver!". Fez muito bem em dizer isso pois, além de a música ser lembrada até os dias de hoje, a cena é linda. O modo como a câmera se aproxima do rosto dela aos poucos e o final da música, quando ela olha para cima, diz "Hi" com um sorriso e o seu rosto preenche a tela é fantástico, vale a pena conferir!
O filme ganhou um Oscar (melhor trilha sonora e melhor canção original) e um Grammy (melhor trilha sonora), além de outras indicações em ambos os prêmios e no Globo de Ouro (melhor atriz, melhor roteiro adaptado, melhor direção de arte e melhor filme). O filme também deu o segundo maior salário dado a uma atriz até então (750 mil dólares).
Audrey já havia participado de alguns dos filmes mais importantes de sua carreira antes de "Bonequinha de Luxo - "A princesa e o Plebeu" (1953), que lhe rendeu um Oscar de melhor atriz; "Guerra e Paz" (1954) e, finalmente, "Cinderela em Paris" (1957), um musical encantador e muito bem dirigido por Stanley Donen (co-diretor de "Cantando na Chuva", de 1952). Apesar de tantos filmes gostosos de assistir, com elencos e diretores excelentes, "Bonequinha de Luxo" encanta a todos que terminam de assisti-lo contagiados pela beleza e graça de Holly. Audrey se entregou completamente ao personagem, fazendo desse o filme mais importante de sua carreira.
Esse texto já havia sido postado por mim no dia 15/03/10 em outro blog que foi excluído recentemente. O conteúdo sofreu algumas mudanças nessa publicação.

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