Meu sonhos em uma caixinha fechada

"Para autografar os livros que tu vais escrever" - disse meu pai, Francisco, entregando a mim uma caixinha onde se encontrava uma caneta tinteiro, presente que ele ganhou em sua formatura (Farmácia - UFSM 1997).

É uma sensação bastante diferente essa, eu não consegui distiguir ainda que sentimento é, mas é incrível pensar que existem pessoas que realmente acreditam que eu tenha potencial e que apostam no meu futuro!
Junto com essa sensação são anexadas várias dúvidas, vários conflitos internos e, muitas vezes, uma demasiada desesperança me toma. Desesperança que me faz acreditar que eu não sou capaz, agindo como um fantasma que toma meu corpo e me puxa aos cantos mais obscuros da minha mente. Mas uma luz de esperança e a lembrança das pessoas que acreditam em mim exorcizam esse fantasma.
"Sonhe alto, não tenha medo de correr riscos" - diz minha mãe, Kelly, em uma noite em que conversávamos sobre o futuro. É isso que eu pretendo fazer! Não apenas ser boa, mas fazer o melhor possível; parar de me prender a pessoas e a idéias ultrapassadas; expandir meus horizontes; ter certeza de que cada ato meu é uma decisão individual; dizer o que penso; não deixar para depois esse sonho que realizar-se-á em menos de um ano: entrar nesse mundo das opniões e das palavras, o curso de Comunicação Social.

Nesse momento, abrir aquela caixinha me faz enxergar meus sonhos. Haverá o dia em que abrindo aquela caixinha, o que eu enxergarei será a realidade.